A muitos anos existe uma grande dificuldade em
materiais sobre este tema e poucas pessoas que possuem um bom conhecimento da
área para palestrar, por isso depois de fuçar meus antigos arquivos
encontrei esta ótima apostila sobre alimentos silvestres o qual também
contempla as plantas silvestres comestíveis. Clique aqui e aqui para
baixar!
Existem, no mínimo, umas 300.000 espécies diferentes
de plantas silvestres no mundo onde grande número dessas espécies pode ser
ingerido, embora algumas sejam mais agradáveis ao paladar do que outras.
Sob
condições de sobrevivência, é possível que o alimento derivado de plantas e
animais silvestres venha a alterar completamente o regime alimentar a que você
está acostumado. As plantas são mais comuns do que os animais e, por isso,
aproveite o mais que puder o alimento.
No que se refere às plantas,convém muito que você saiba distinguir entre as
plantas silvestres comestíveis e as venenosas e que possua algumas noções
práticas sobre as regiões onde crescem e se desenvolvem e de como utilizá-las.
Muito poucos são as plantas silvestres que produzem efeito mortal quando
ingeridas em quantidade diminuta.
O melhor meio de familiarizar-se com o aspecto das
plantas comestíveis é o de fazer com que alguém que conhece bem as ditas
plantas, lhes indique. Cada vez que lhe mostrarem uma dessas plantas,
registre a mesma na mente assim como o local (o habitat) onde ela floresce.
Deste modo, em breve descobrirá que é bom conhecedor de muitas espécies de
plantas reconhecendo-as logo à primeira vista.
Você terá de “dar tratos à bola” quando tiver de enfrentar problemas de
sobrevivência especialmente quando tiver de atravessar áreas muito diferentes
umas das outras. Aprenda a reconhecer rapidamente as plantas típicas do interior.
O conhecimento de vários tipos de palmeiras, de favas
e de gramíneas adquirido quando de uma ou outra viagem, nesta ou naquela região
do país, poder-lhe-á ser de enorme utilidade quando, por casualidade, você se
vir forçado a lutar pela sobrevivência em regiões semelhantes às que atravessou
nas antigas viagens.
Não se esqueça que os seus maiores inimigos serão as
bactérias (ou micróbios, quando tiver de enfrentar as condições de
sobrevivência). Essas bactérias causam estragos e podem contaminar o alimento e
a água quando as condições sanitárias do acampamento (ou da equipe) deixarem a
desejar, devido à falta de recursos, como quase é o caso.
Uma grande dica é, sempre leia muito sobre o assunto, não deixe para a última
hora, busque ajuda de pessoas que convivem com esses alimentos na região onde
você for acampar e no mais - boa alimentação.
Sempre Alerta para Servir!
Átila Santos
Artigo 2
Plantas Silvestres Comestíveis
Há tempos tive o prazer de participar numa iniciativa
do Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente que se realizou no
concelho do Cadaval. Tratou-se de uma Oficina de Ervas Comestíveis que reuniu
cerca de 40 participantes. Tivemos sorte! Não choveu e pudemos caminhar pelas
encostas da Serra de Montejunto, num agradável passeio pedestre para descobrir
plantas comestíveis no seu habitat. O melhor, no entanto, foi o almoço
preparado pela organizadora do evento, Dr.ª. Alexandra Azevedo: sopa de cardos,
sopa de urtigas, esparregado do campo (com almeirões, acelgas,
mostardas-negras, eneixas, labaças), pão de bolotas, feijão-branco com
almeirões, feijão-vermelho com funcho, maionese com sementes de linho, empadão
de diversas ervas, queijo fresco, semi-frio de amoras das silvas e muitas
outras iguarias obtidas directamente da natureza.
Felizmente que não se tratou de um evento isolado,
pois temos conhecimento que se multiplicam por todo o lado, acções como esta
para recuperar vegetais esquecidos que outrora fizeram parte da ementa humana.
É uma moda salutar que está aí para nos lembrar que há muitas maneiras de
combater a crise alimentar que acompanhará a crise económica, financeira e
psicológica que se instalou no nosso País e um pouco por todo o mundo.
Na sabedoria popular consta uma longa lista de
espécies de plantas silvestres usadas para fins alimentares, quer em
substituição ou complemento das plantas hortícolas, quer como condimentos.
A industrialização crescente da sociedade foi-nos
afastando destes conhecimentos populares e inúmeras plantas comestíveis
passaram a ser ignoradas e consideradas simplesmente daninhas, sendo-lhas
impiedosamente aplicados métodos de destruição, como a aplicação de herbicidas,
em vez de se lhes ser reconhecido o seu valor e utilidade.
A prática de recolecção de recursos alimentares
silvestres foi outrora muito difundida, sendo por exemplo, uma das
características da dieta mediterrânica (também agora em moda), visto que o
clima especial da região favorece o desenvolvimento de várias espécies. O seu
declínio deveu-se também a uma conotação negativa, pois ficaram recordações de
tempos de escassez em que os recursos silvestres eram muitas vezes os únicos
disponíveis. Contudo, a recolecção não se extinguiu por completo e em várias
regiões, com destaque para o Alentejo, se confeccionam pratos que, com o seu
sabor e qualidade, superam os confeccionados com variedades cultivadas.
Embora muitas espécies existam em diversas regiões, o
conhecimento sobre as suas utilizações culinárias difere, dependendo de
factores socioculturais, sendo maior o consumo verificado em terras mais
isoladas, com escassez de alimentos comerciais e condições menos propícias ao
cultivo de variedades agrícolas.
Independentemente de haver ou não um passado
etno-cultural no consumo, procura-se abrir horizontes e alargar as
potencialidades gastronómicas das nossas plantas alimentares silvestres. As
próprias autarquias locais vêm estimulando o uso de recursos endógenos,
captando também o interesse turístico. Estou-me a lembrar, por exemplo, no
festival do chícharo que todos os anos se realiza em Alvaiázere, do festival da
batata-doce em Aljezur, da festa da castanha em Marvão, da festa da cereja em
Alcongosta (Fundão), do festival do pão, do vinho e do queijo na Quinta do Anjo
(Palmela), da festa do mel, do queijo e do enchido em Vila de Rei, etc., etc.
Aliás este caminho já está trilhado em várias regiões
do mundo, destacando-se o Movimento Slow Food que procura recuperar a
gastronomia tradicional, a procura de novos sabores e a rejeição da comida
rápida e padronizada em modelos industriais tendentes a criar habituações e
vícios ao serviço do lucro fácil. Estas realidades poderão ter um papel
determinante no desenvolvimento sustentável das povoações e dos seus
habitantes. As potencialidades são enormes e há que entusiasmar as populações
para os comportamentos sãos que respeitem o ambiente e cultura própria de cada
povo.
No que respeita às plantas silvestres há que realçar
que em muitos casos elas são mais nutritivas, têm mais antioxidantes e
apresentam-se biologicamente mais equilibradas, dado vegetarem naturalmente
onde as condições são mais propícias.
Devemos fazer um alerta para que a colheita não se
faça à beira de estradas e caminhos ou em terrenos tratados com herbicidas porque
as plantas também captam e fixam resíduos tóxicos nocivos para a nossa saúde.
Miguel Boieiro
Links úteis
http://www.especialidades.org/especialidades/6EN/EN46.htm
http://www.4shared.com/office/Rd-O_EcB/Plantas_Silvestres_Comestiveis.html
http://www.4shared.com/office/Rd-O_EcB/Plantas_Silvestres_Comestiveis.html



1 Comentários
CONSELHOS SOBRE A INGESTÃO DE ALIMENTOS
ResponderExcluirNão coma um alimento estranho sem primeiro prová-lo. Cozinhe, primeiramente, uma amostra. Em
seguida, ponha um pouco da amostra na boca, mastigue-a e conserve a porção na boca, durante uns 5 minutos,
Se, passados esses 5 minutos, o paladar não estranhar o gosto da porção, poderá comer sem susto, do alimento
em questão. Mas se o gosto da porção tomar-se de qualquer forma, desagradável; se o paladar estranhar, então
não coma do alimento em questão. Lembre-se de que as azeitonas têm o gosto amargoso e de que o limão é
ácido, de modo que o gosto menos agradável não significa tratar-se, necessariamente, de um veneno. Mas um
gosto que “queima”, abrasador, um gosto amargo e que causa náuseas, enjôo, tal gosto é um aviso de perigo.
Uma pequena quantidade de uma substância que a pretende ingerir como alimento não é passível de
causar um mal fatal e talvez nem mesmo o indivíduo chegue a correr perigo, ao passo que uma
quantidade maior, da substância em questão, poderá causar-lhe a morte.
De um modo geral, não há perigo em ingerir substâncias que são procuradas como alimente pelos
pássaros e pelos mamíferos; existem, entretanto, algumas exceções, também os alimentos procurados pelos
roedores (ratas, camundongos, coelhos: cutias, caxinguelês, pacas, etc.) ou pelos macacos. e por vários outros
animais onívoros (que comem. Tudo) não constituirão perigo para o homem. CUIDADO! Quando em dúvida
sobre se uma planta é comestível ou não, cozinhe a mesma.
Com exceção dos cogumelos, o veneno dos vegetais é tornado inócuo pelo cozimento. A maior parte
das espécies de inhame (as raízes) é venenosa no estado natural (cru), mas perfeitamente comestível depois de
cozida. Procure guiar-se pelas seguintes normas:
1) evite comer de plantas pouco conhecidas e que não foram aprovadas com cuidado, quando essas
plantas tiverem sumo leitoso evite, igualmente, o contato desse sumo com a sua pele. Excetuam-se
desta regra as numerosas espécies de figos silvestres, o abiu, o sapoti e o mamão, que podem ser
comidos apesar do seu sumo leitoso;
2) evite comer de plantas com gosto desagradável (o gosto AMARGO é um guia seguro);
3) evite comer cereais parasitados por um cogumelo em forma de pequeno esporão escuro sobre a
semente.
Clique aqui e aqui para baixar um otimo conteudo de estudo!